A tarefa da vida do pastor é pregar a palavra.
“Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino, peço a você com insistência que pregue a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda, exorte com toda a paciência e doutrina.” (II Timóteo 4:1,2)
Uma vez que os pastores são chamados para guiar e cuidar do rebanho pela Palavra, é importante lembrar que a tarefa mais prioritária na vida de um pastor é pregar a Palavra. Ainda que existam muitas outras responsabilidades das quais os pastores não podem se esquivar (e falaremos sobre elas nas próximas pastorais), a pregação é, sem dúvida, aquela na qual os ministros devem exercer o máximo do seu zelo e esforço. E o motivo para isso é fácil de entender: a maior demonstração do amor de Deus pelos seus filhos é o Cristo Crucificado. E, se Jesus é a maior e mais perfeita demonstração de amor que existe, então, como um pastor que ama suas ovelhas pode demonstrar o seu amor pelo rebanho? Pregando Jesus!
Acontece que, muitas vezes, os pastores se encontram tão sobrecarregados para atender todas as expectativas da igreja que, por falta de esforço e por falta de encorajamento, acabam dedicando-se pouco à pregação. Você vai concordar comigo que um pastor que passou a semana em reuniões, visitas, aconselhamentos, aulas, fazendo orçamento de tinta para a pintura, “batendo massa” para assentar os tijolos na reforma, escolhendo a cor das cadeiras do salão social, etc, terá pouco tempo para se preparar para pregar, não é verdade? E se ele não tem tempo para se preparar, como será a sua pregação?
Chamados pelo Senhor.
Se ele for um homem de Deus (e nem vamos considerar aqueles que não são), que busca o Senhor e tem intimidade com Jesus, orando e lendo a Palavra em sua vida devocional, é provável que, apesar da semana corrida, a sua pregação será abençoadora. No entanto, com o passar dos anos, por causa da falta de estudo, da escassez de conhecimento bíblico e pela ausência de conhecimento do Deus que se revela na Palavra, é bastante provável que as pregações deixarão de alimentar o rebanho e o povo de Deus acabe deixando de crescer no conhecimento do Deus da Palavra.
Por causa da experiência e daquilo que estudo sobre pregação, garanto que o estudo zeloso de um texto bíblico e a preparação de sermão podem levar de 10 a 20 horas para ser concluído. Ou seja: se considerarmos que a jornada média de trabalho de um pastor é de 60 horas semanais, um terço desse tempo deveria ser dedicado ao esforço zeloso de estudo e preparação. Mas será que os pastores teriam todo esse tempo? Será que a igreja não tem imposto uma rotina desgastante demais àquele que deveria se “afadigar na palavra e no ensino” (I Tm 5:17)?
No entanto, mais importante que isso, é que os pastores precisam entender que não estão em um concurso de popularidade, assumindo todos os compromissos de acordo com as expectativas que depositam sobre ele – ele foi chamado pelo Senhor para pregar a Palavra de Deus! Então, que os pastores permitam que o Deus da Palavra ‘controle’ a agenda pastoral!
Em Cristo,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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