A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil diz que uma das atribuições do pastor é “orar com o rebanho e por este”, ou seja, um pastor precisa orar pelos irmãos que pastoreia. E, para nossa tristeza, esta seja uma das atribuições pastorais mais negligenciadas de todas. E digo isso porque, infelizmente, não são todos os pastores que mantem uma vida de oração dedicada. Entenda: quando digo que muitos pastores não oram pelo seu rebanho não é porque eles não gostam da igreja ou dos irmãos que pastoreiam. Pior que isso: eles não gostam do Senhor a quem servem! Eles não tem nenhuma vida de oração: não oram pelos filhos, não oram pela esposa, não oram nem por eles mesmos – quanto mais pela igreja que pastoreiam. 

 

Esse quadro é desesperador, não é verdade? Como uma igreja pode crescer, ser edificada e ter uma vida espiritual saudável se seus pastores não oram pelas ovelhas? É impossível! É por isso que o apóstolo Paulo diz que estava de joelhos diante de Deus orando pela vida dos crentes de Éfeso. E uma das coisas pelas quais Paulo estava orando é para que Deus conceda fortalecimento com o poder do Espírito para cada um dos crentes! E perceba: que coisa maravilhosa para intercedermos, não é mesmo?

Nós temos a tendência de negligenciarmos a operação do Espírito na vida dos crentes. E, por causa disso, nós ‘limitamos’ a atuação da Terceira Pessoa da Trindade a uma ‘percepção especial’ a respeito da vida ou a uma ‘mágica extraordinária’. E não são poucos que limitam a atuação do Espírito aos aspectos relacionados com a santidade na vida do crente. Acontece que o próprio texto de Efésios 4:16 nos aponta para realidades muito mais profundas