Um pastor prega pra si mesmo.
Ninguém o despreze por você ser jovem; pelo contrário, seja um exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, no amor, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4:12)
Uma das coisas que a igreja mais se confunde a respeito do ministério pastoral é sobre a autoridade que possui o pastor para pregar e ensinar a Palavra. Normalmente, as pessoas acham que, para que o pastor tenha “moral” para falar sobre determinado assunto, ele precisa estar vivendo o que ensina perfeitamente. No entanto, precisamos lembrar que a autoridade da pregação não pertence ao pregador, mas à Palavra de Deus! Você já imaginou como seria se um pastor pregasse e ensinasse apenas aquilo que ele consegue viver? Pode ter certeza de que ele teria, no máximo, dois ou três sermões!
É por isso que dizemos que um pastor prega, antes de mais nada, para si mesmo: ele é o primeiro ouvinte do seu próprio sermão. E isso significa que, antes de pregar para que sua igreja seja impactada e transformada pela Palavra, um pastor prega para que ele mesmo seja impactado e transformado pela Palavra.
O pastor é exemplo pro seu rebanho.
No entanto, evidentemente, o fato de o pastor não precisar ter “moral” para falar não quer dizer que o pastor esteja desobrigado de viver aquilo que prega; pelo contrário: ele precisa ser um padrão de piedade para os crentes. E é exatamente isso que o apóstolo Paulo fala para Timóteo, o jovem pastor de Éfeso. É maravilhoso observar que o apóstolo Paulo ordena que Timóteo seja um mestre fiel, ensinando a verdade de Deus (vs. 11) e, logo em seguida, diga que ele mesmo precisa ser um exemplo para os irmãos da igreja.
Ainda que a responsabilidade de ser referência em uma comunidade de redimidos, onde todos buscam a santidade, seja uma tarefa imensa, o Senhor ordenou aos seus pastores que eles precisam ser exemplos para o rebanho que pastoreiam. É verdade que, em alguns casos, isso pode trazer peso para o pastor e para sua família. No entanto, um pastor não deve se esquivar desse dever – se o Senhor nos chamou para vivermos como pastores, então devemos obedecer e viver vidas exemplares.
Cuide para que você não seja cruel exigindo perfeição dos pastores e da família pastoral. Sonde o seu coração e, piedosamente, não imponha aos pastores algo que você não está disposto a viver ou algo que você inventou (a Palavra é nossa regra de fé e prática). No entanto, você deve esperar, sim, que seu pastor seja um exemplo para a igreja que ele pastoreia.
Em Cristo,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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