Os pastores antigamente eram visto como sisudos e sérios.
No passado, era muito comum que a igreja enxergasse seus pastores como sisudos, sérios, homens de poucos sorrisos. É muito difícil entender o motivo pelo qual esse era o padrão dos ministros. No entanto, toda essa ‘seriedade’ não era sinônimo de falta de amabilidade – na verdade, muitos dos relatos existentes a respeito destes homens de Deus são que, apesar de sisudos, eram homens muito amáveis com seus rebanhos.
De uns tempos pra cá, temos percebido uma mudança neste perfil: aqueles que se dizem chamados para pastorear a igreja do Senhor têm se tornado mais sorridentes, brincalhões e, até mesmo, engraçados. E o curioso é que esta característica tem sido o traço mais procurado entre os membros das igrejas. Muitas vezes, ao perguntar sobre a pregação do “Pr. Fulano de Tal” para os irmãos que foram ouví-lo, a resposta que obtenho é: “ele é muito engraçado…” ou “ele é muito gente boa…” Meu constrangimento fica ainda maior quando percebo que aquele irmão, para ser bem aceito pelo seu rebanho ou ouvintes, sente-se forçado a se fazer de ‘engraçadão’
A Palavra De Deus não estabelece uma personalidade para o Pastor.
Mas você já reparou que a Palavra de Deus não estabelece uma ‘personalidade’ específica para aqueles que Deus chama para o ministério pastoral? A verdade é que o Senhor chama homens que Ele quer usar no pastoreio da igreja – independente de sua personalidade. Deus pode chamar homens sisudos (sérios) ou pode chamar homens sorridentes (engraçados). No entanto, nenhuma dessas deve ser a marca de um pastor…
Digo isso porque muitos, na tentativa de se fazerem amáveis, transformam o amor em algo pragmático – “preciso demonstrar simpatia para ser aceito”. Outros, no entanto, vão tentar forçar uma seriedade – “preciso mostrar que não sou moleque”.
Engana-se quem pensa que os pastores sisudos são pouco amorosos. E também se engana aquele que pensa que ‘simpatia’ é sinônimo de amabilidade. Na verdade, é possível que um pastor mais sério seja aquele que mais ama seu rebanho, assim como o ‘engraçadão’ seja aquele que conduz o rebanho com mão de ferro. O que tanto um quanto outro não percebem é que o Senhor quer moldar o caráter do homem de Deus, sendo sério ou brincalhão. A personalidade não é o traço mais importante no exercício do ministério pastoral – é o caráter formado por Deus. Por isso, você não deve esperar que seu pastor seja “sisudo” ou “brincalhão”. Mas que ele seja verdadeiramente amoroso com o rebanho.
Que Deus te abençoe,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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