Tenho a bênção de ter meu pastor como meu amigo e companheiro de ministério. E essa bênção é ainda maior porque sei que ele também me considera seu amigo. Por causa da amizade, fica muito mais fácil abrir o coração e desenvolver assuntos com mais profundidade – a intimidade facilita a comunicação porque nem eu, nem ele, precisamos ficar ‘medindo as palavras’ na hora de confessar pecados, de exortar e, se necessário, repreender. No entanto, este processo precisou ser construído e, acredite: não foi nada fácil para mim.

 

Acho que nunca pude falar isso pra ele, mas lembro que, no início desse processo, muitas vezes procurava ele como pastor e ele me respondia como amigo e companheiro de ministério. E isso me deixava muito frustrado – precisava de um conselho, de uma direção, de uma palavra específica. E, às vezes, ao invés disso, recebia a companhia, as risadas e o lamento de um amigo. Demorou um tempo para que eu me acostumasse com isso e, hoje, que eu entendi que meu pastor me vê como um amigo, temos a liberdade de ministrarmos um ao outro mutuamente – não apenas na relação pastor/ovelha, mas como amigos de alma que tentam pastorear um ao outro – ainda que ele exerça esse cuidado com muito mais zelo que eu.