O chamado do pastor não deve ser por ''obrigação''
”…pastoreiem o rebanho de Deus que há entre vocês, não por obrigação, mas espontaneamente, como Deus quer; não por ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que lhes foram confiados, mas sendo exemplos para o rebanho.” (I Pedro 5:2,3)
Ainda que o chamado para o ministério pastoral seja algo mandatório na vida de um verdadeiro pastor, o exercício pastoral não deve ser realizado por “obrigação”. Isso quer dizer que, ainda que um pastor olhe para si mesmo e para sua vocação e possa afirmar “eu não poderia fazer outra coisa da minha vida a não ser obedecer ao Senhor e atender a este chamado”, ainda assim, o desempenho do ministério precisa ser conduzido pela espontaneidade.
Essa espontaneidade, aqui, evidentemente, não deve ser entendida com uma conotação de ‘despreparo’ (algo que é feito de supetão, na ‘surpresa’), mas a ideia do apóstolo Pedro aqui é expressar uma voluntariedade intencional do ministério – um pastor deve atuar em seu ministério tendo “intenções voluntárias”. No entanto, perceba que estas “intenções” não estão vinculadas a interesses egoístas (não pode ser por ganância), mas de acordo com as intenções de Deus para o rebanho (“…como Deus quer…”).
A igreja precisa ver no pastor, um servo de Deus.
Esta realidade impõe que os pastores devem agir movidos pela vontade de Deus para a igreja e não movidos por interesses pessoais. Mesmo que seja justo, de acordo com a Palavra, que um pastor tenha seu sustento garantido pela igreja, eles devem pastorear de “boa vontade” – devem atuar na vida ministerial como resultado do seu desejo de servir ao Senhor e não por causa dos supostos lucros que o pastor pode ter como fruto do ministério.
Por causa disso, a igreja precisa ver em seu pastor um servo do Senhor e que a sua atuação ministerial está voltada para a edificação da comunidade. Uma vez que o pastor não busca seus interesses pessoais (e creia: se um pastor quisesse buscar seus próprios interesses, ele deveria fazer qualquer outra coisa da vida…), os crentes precisam lembrar que aquilo que move o coração do pastor é o seu compromisso com a verdade do Evangelho e um amor genuíno ao rebanho. E, de fato, as ovelhas devem esperar isso de seus pastores: que eles sirvam pensando na vontade de Deus para a igreja, sem buscar a realização de seus interesses pessoais, demonstrando verdadeiro amor a Deus ao servi-Lo, servindo à Sua igreja.
Que Deus te abençoe,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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