A luta do pastor é fazer os crentes se unirem.
“Procurem aperfeiçoar-se, consolem uns aos outros, tenham o mesmo modo de pensar, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês.” (II Coríntios 13:11b)
Uma das maiores lutas dos pastores é fazer com que todos os crentes estejam unidos, no mesmo modo de pensar. Isso acontece porque, quando vivemos em comunidade, cada irmão terá suas preferências, gostos e ideais e, mesmo em uma igreja verdadeiramente bíblica, alguns irão valorizar mais alguns princípios e valores, enquanto outros irão pensar que outras atitudes são mais importantes. Em comunidades plurais, onde homens servem junto com mulheres, idosos e jovens cultuam juntos, o rico vive com o pobre e o athleticano senta ao lado do coxa branca torcendo juntos pelo avanço do Reino, as diferenças sempre serão notadas.
Acontece que, na vida como igreja, somos encorajados a ter o mesmo modo de pensar, vivendo em paz uns com os outros. E a melhor forma de fazer isso é através da renúncia das nossas preferências em prol da edificação da comunidade! Viver em paz é uma demonstração da piedade. Se você diz ter uma vida de oração e de leitura da Palavra, mas é briguento, falastrão e arruma contenda porque acha que a igreja seria melhor do “seu jeito”, então, é porque você não tem uma vida de piedade.
Ovelhas mais maduras e piedosas.
No entanto, o texto acima traz uma outra perspectiva: a necessidade de crescimento pessoal e do aconselhamento mútuo. E existem dois motivos pelos quais estas coisas deixam de acontecer. O primeiro deles é vinculado a uma falsa humildade, onde os crentes se veem incapazes de buscar crescimento por conta própria. Isso acontece porque muitos crentes sentem-se menores, ignorantes ou menos dignos de buscarem o Senhor, estudando por conta própria e se esforçando para aprender a fé e a piedade. É verdade que seus pastores podem ajudá-lo nisso, fornecendo material e guias de estudo. No entanto, entenda que eles não precisam “pegar na sua mãozinha” para que você faça isso.
O outro motivo pelo qual nem sempre existe crescimento e consolo mútuo é porque há uma certa arrogância entre os crentes: uma soberba de achar que o único que pode edificar a ‘minha vida’ é o pastor. Com isso, não aceitam a liderança, a orientação e o cuidado de outros irmãos. Parece que, se o pastor não estiver presente, o evento (trabalho, aconselhamento, ensino, devocional) não vai ser “abençoado”. Nada contraria os ideais da Reforma Protestante, pela doutrina do Sacerdócio Universal dos Crentes, do que esse engano!
Diante disso, o que um pastor espera dos crentes é que, a cada domingo, ele encontre suas ovelhas mais maduras, mais piedosas, mais conhecedoras da Palavra, mais tementes a Deus, do que as encontrou no domingo anterior. E tudo isso porque, durante a semana, cada crente procurou se aperfeiçoar e foi instrumento do Senhor no consolo de outros irmãos.
Que Deus nos abençoe,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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