Gratidão
“Irmãos, pedimos que vocês tenham em grande apreço os que trabalham entre vocês, que os presidem no Senhor e os admoestam. Tenham essas pessoas em máxima consideração, com amor, por causa do trabalho que realizam. Vivam em paz uns com os outros.” (I Tessalonicenses 5:12,13)
É possível manter a gratidão a alguém que te fez sofrer? Acho difícil, não é mesmo? Normalmente, nós cultivamos apreço por aqueles que nos fazem bem. Mas, e quando aqueles que praticaram o mal também fizeram algo bom para nós? Fica difícil avaliar, não é mesmo? Você ficaria grato, cultivando apreço, ou guardaria mágoa? Infelizmente, nós cultivamos o ressentimento mais do que cultivamos a gratidão. E, infelizmente, isso diz mais a respeito do nosso coração do que a respeito dessa pessoa.
Digo isso porque é bastante possível que, na vida como igreja, os irmãos que se dedicam ao serviço, em algum momento, possam ‘pisar em nossos calos’. Tanto aqueles que são chamados ao oficialato (pastores, presbíteros e diáconos) quanto aqueles que têm a responsabilidade de liderar as Sociedades Internas e Departamentos da igreja podem ter feito coisas que não gostamos. É possível que estes, em certas ocasiões, não tenham feito as coisas como nós avaliávamos como melhor ou do ‘nosso jeito’ e, com isso, ficamos magoados. E o pior: por causa do ressentimento, passamos a falar mal destas pessoas.
Vivam em paz.
Veja: como podemos pensar em desprezar aqueles que estão servindo o Senhor dedicando-se ao serviço da vida da igreja? É verdade que aqueles que lideram sempre estão debaixo do escrutínio e da avaliação dos demais e, de certa forma, este é o ‘custo’ da liderança. No entanto, sobre o pretexto da ‘excelência’, aqueles que trabalham intensamente na vida da igreja são alvo constante das críticas mais duras e injustas. E é curioso que, não são poucas as vezes, que estas críticas vêm daqueles que não fazem nada ou quase nada na vida da igreja…
Isso, certamente, mostra como é o nosso coração. Ao invés de cultivarmos apreço, demonstramos a nossa ingratidão e diminuímos a importância daqueles que, às vezes, de maneira incansável têm liderado a vida do povo de Deus. E é justamente a respeito disso que o apóstolo Paulo está tratando no texto citado acima. Precisamos manter “grande apreço” e ter “máxima consideração” por aqueles que têm trabalhado na igreja, que lideram e que nos admoestam!
Um dos trabalhos mais desgastantes dos pastores é “reanimar” aqueles que servem na igreja e que foram feridos por outros irmãos. Inúmeras vezes, os pastores são chamados para “socorrer” algum líder que, por ter sido criticado de maneira injusta, sente-se tentado a abandonar seu ministério. No entanto, segundo a orientação da Palavra, deveríamos tratar nossos líderes com amor real, encorajando-os para continuarem servindo com zelo. É por isso que seu pastor espera que suas ovelhas “vivam em paz uns com os outros”.
Que Deus nos abençoe,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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