2° Domingo do Advento.
Infelizmente, a palavra “promessa” foi desvirtuada nos últimos anos. Influenciados pela teologia da prosperidade, nós acabamos associando promessa com uma suposta fala de Deus de nos dar conforto, bem-estar, riquezas e sucesso. Então, hoje, quando falamos sobre confiar nas promessas de Deus, muitos vão pensar que devemos esperar o momento em que, entre outras coisas, o Senhor nos fará prósperos. Acontece que as promessas de Deus não estão necessariamente vinculadas com as coisas naturais…
Quando Deus, no Antigo Testamento, promete “prosperidade” ao seu povo, nós podemos, sim, perceber que existia um contexto de bênçãos naturais: boas colheitas, segurança, saúde, descendência frutífera, vitória contra os inimigos, etc. No entanto, ao observarmos estas promessas, precisamos nos lembrar que, de acordo com a teologia da Antiga Aliança, as bênçãos naturais estavam inclusas no relacionamento pactual de Deus com o Seu povo.
Acontece que, conforme nós avançamos na história da revelação, nós descobrimos que o Senhor passa a dar novo significado às suas promessas: a “prosperidade” material passam a ser promessas de justiça, paz, alegria, santidade, etc. E é justamente por isso que, quando chegamos no Novo Testamento, a vida abundante que Jesus promete (João 10:10) está vinculada à Sua presença em nossas vidas e ao Seu pastoreio gracioso sobre nós (Salmo 23:1). É exatamente por isso que, quando falamos das promessas de Deus, na realidade da Nova Aliança, estamos pensando em todas as bênçãos espirituais que Jesus derrama sobre nós e não nas bênçãos materiais que muitos equivocadamente esperam.
Confiar nas promessas de Deus?
Diante disso, precisamos entender que “confiar nas promessas de Deus” não está vinculado a uma suposta ‘obrigatoriedade’ de que Deus deve nos conceder riqueza e bem-estar. Confiar nas promessas de Deus precisa nos levar a pensar nas coisas eternas e espirituais – aquilo que levaremos conosco para a eternidade. E o Natal é um excelente momento para nos lembrarmos que o Senhor é digno da nossa confiança. Sabe por quê? Porque da mesma forma que Ele cumpriu suas promessas de salvação através da vinda do Messias (o Senhor Jesus), Ele também vai cumprir suas promessas a respeito da Paz, da Justiça, da Santidade, da Eternidade!
Lembre-se que no contexto da Nova Aliança, não podemos associar as bênçãos de Deus unicamente às bênçãos materiais – possuir riquezas e sucesso sem Jesus é miséria, uma vida vazia; mas possuir Jesus, mesmo sem riquezas e prosperidade, ainda assim, é vida em abundância.
Toda as promessas de Deus serão cumpridas porque, um dia, no Primeiro Natal, Deus Pai cumpriu a sua promessa de enviar o Salvador! Por isso, a promessa da eternidade é sua – confie no Senhor. Você luta contra seus pecados e sofre com isso? Confie no Senhor porque Ele vai te santificar! A insegurança e a injustiça afligem você? Confie no Senhor porque nEle temos a segurança que precisamos e seremos plenamente satisfeitos da nossa sede de justiça! Confie nas promessas do Senhor porque “Deus não é homem para que minta; nem filho de homem para que mude de ideia. Será que, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19) Jesus nasceu! Confie no Senhor!
Que Deus te abençoe,
Pr.Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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