Dizimos e ofertas
“Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do Evangelho.” (I Coríntios 9:14)
Falar sobre dízimos e ofertas talvez seja uma das partes mais difíceis do ministério pastoral. Digo isso porque acredito que é dever do pastor “anunciar todo o desígnio de Deus.” (Atos 20:27) e, por isso, devemos pregar e ensinar sobre a contribuição financeira. No entanto, para alguns, sempre vai parecer que os pastores estão “advogando em causa própria” ao falar sobre isso. E, ainda que, certamente, os pastores serão sustentados pelos dízimos e ofertas dos irmãos, é importante entender que, ao ensinar sobre a consagração, os pastores também estão pensando no bem do rebanho. Sabe por quê? Porque é sempre um privilégio poder servir!
Aqueles que participam frequentemente da Igreja Presbiteriana do Tarumã certamente já me ouviram falar que “nós temos a responsabilidade de sustentar as causas do Evangelho que nossa igreja promove.” E isso é bem verdade! No momento de nossa Pública Profissão de Fé, assumimos o compromisso de servirmos e sustentarmos a igreja através dos nossos dons, talentos e recursos para a edificação do povo de Deus. E isso inclui nossos recursos financeiros. No entanto, além de uma responsabilidade, precisamos nos lembrar que a Palavra estabelece que o serviço não é apenas um esforço zeloso e dedicado, mas é um privilégio! E quando nós dizimamos estamos servindo o povo de Deus!
Fiquem firmes na fé.
Através da nossa contribuição, estamos proporcionando a todos os irmãos que frequentam aquela igreja um ambiente propício de adoração, edificação e comunhão; através dos dízimos, conseguimos levantar recursos para servirmos à comunidade – aqueles que têm menos recursos – e carecem da assistência da diaconia da igreja; através da doação de nossos recursos, estamos contribuindo com a ação evangelística da igreja; e, obviamente, é através dos nossos dízimos que estamos possibilitando que todos possam ser pastoreados, ensinados e edificados no Evangelho.
O capítulo 9 da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios é muito significativo a respeito da responsabilidade que a igreja tem de fazer o melhor que puder para sustentar seus pastores. E vejam que o apóstolo Paulo demonstra isso da melhor forma possível. Ele questiona: “Se nós semeamos entre vocês as coisas espirituais, será muito recolhermos de vocês bens materiais?” (vs. 11). Em outras palavras, o que Paulo está questionando é a postura da igreja de achar que aqueles que tanto tinham se dedicado ao ministério da pregação do Evangelho e que, mesmo assim, tenham tido que trabalhar para se sustentar. Paulo, inclusive, demonstra o coração do ministério pastoral ao dizer que, para não causar empecilho à proclamação do Evangelho entre os coríntios, ele não fez uso do direito de ser sustentado pela igreja. Mas que esta foi uma prerrogativa pessoal dele – a ordem é que aqueles que pregam o Evangelho sejam sustentados como pregadores do Evangelho (vs. 14).
Se a Bíblia mostra claramente que os pastores não devem ser gananciosos (I Pedro 5:2 – já falamos sobre isso em pastorais passadas), a Palavra se pronuncia claramente também ao dizer que a responsabilidade de sustentar os pastores pertence à igreja. É por isso que, com muito temor, os pastores esperam sim que suas ovelhas sejam dedicadas em servir também através de seus recursos financeiros, através dos dízimos e ofertas.
Que Deus te abençoe,
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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