Honrar Pai e Mãe.
“Honre o seu pai e a sua mãe, para que você tenha uma longa vida na terra que o SENHOR, seu Deus, lhe dá.” (Êxodo 20:12)
Essa semana, vi uma reportagem que falava a respeito de jovens adultos que, em prol de uma saúde emocional, estavam cortando as relações com seus pais. Neste vídeo, conta a história de um homem que, por causa do racismo dos pais, rompeu todo tipo de relacionamento com eles para que não tivesse mais nenhum contato com esse tipo de perversidade. No entanto, o vídeo também fala de outros casos em que o rompimento foi ocasionado por uma simples questão de “saúde emocional”. Em outras palavras, um(a) filho(a) entendeu que a melhor postura a se tomar, em prol de seu bem-estar, era simplesmente abandonar seus pais.
É impossível não ficar chocado ao perceber como a Queda, desde o início das relações humanas, tem proporcionado todo tipo de abandono: são pais que abandonam seus filhos, irmãos que abandonam uns aos outros, cônjuges que viram as costas um ao outro. E ainda que em nossos dias isso seja mais perceptível, precisamos perceber que este é um problema antigo.
Qual é o motivo do abandono?
Na época de Jesus, por exemplo, um judeu influente que não gostava das habilidades culinárias da esposa, podia dar carta de divórcio a ela alegando que isso era ‘escandaloso’. Nos nossos dias, é normal o marido abandonar a esposa e filhos por causa da sua “carreira profissional”. Pais que abandonam seus filhos não são realidades raras de se encontrar e, agora, o inverso também se torna ‘normal’ – ao que parece, se teus os pais ‘te fazem mal’ você tem todo direito de romper relações com eles. Do jeito em que a sociedade está, todo tipo de abandono é permitido, a não ser que seja um pet… A única coisa que não se aceita em nossos dias é o abandono dos animais de estimação…
Perceba: o motivo do abandono não são realidades de violência e maus tratos (o que talvez poderíamos ponderar o caso de rompimentos) – o motivo da quebra das relações são as diferenças de opiniões políticas, ideológicas e, até, religiosas. E tudo isso porque, segundo eles, os pais que pensam diferente de seus filhos prejudicam o “bem-estar” (ou a “saúde emocional”). Em outras palavras: para viver melhor, abandonaram seus pais.
Devemos honrar nossos pais.
No entanto, não é isso que a Bíblia nos mostra. O Evangelho deve nos conduzir a cura desses relacionamentos e não ao abandono. O texto de Êxodo, citado acima, é claro ao dizer que, para vivermos bem, devemos honrar nossos pais. Evidentemente, não podemos fechar nossos olhos para os relacionamentos que incluem abuso, violência, atrocidades… No entanto, sejamos honestos: daqui a pouco, qualquer coisa vira desculpa para romper com os pais em prol de uma suposta saúde emocional – a idolatria do “bem-estar”, a maior religião do mundo ocidental. E, infelizmente, muitos daqueles que se dizem cristãos tem se dobrando ao falso deus Bem-estar…
Que Deus tenha misericordia de nós!
Rev. Thiago Mattos
Igreja Presbiteriana do Tarumã
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